terça-feira, 27 de setembro de 2011

Vamos fazer contas à vida #3

Estou sim? É p'ra mim!


Se naquela altura alguém me dissesse que aquele tijolo iria ser aquilo que hoje é, teria achado que o tipo andava a ver demasiados filmes de ficção científica.
Hoje fomos totalmente engolidos pelas suas funcionalidades e, não querendo omitir ou menosprezar as suas evidentes vantagens, a questão do domínio da máquina sobre o Homem, pode ser um tema de algum modo pertinente neste caso.
Mas não é sobre a dependência do dito cujo que vos quero falar, mas sim do custo do bicharoco.
Ficam então algumas sugestões para reduzirem a despesa mensal com o telemóvel:

I) Fujam da tentação de adquirirem logo as novidades que vão saindo no mercado. Num mercado global em constante mutação as novas tecnologias estão em permanente actualização e, quando é lançado o modelo xpto, sabe-se de antemão que a concorrência vai lançar um idêntico passados dois ou três meses a metade do preço. A própria marca baixa os preços após a campanha de lançamento e, num abrir e fechar de olhos, o bichinho já só vale metade do dinheirinho que nos custou. Eu sei que é giro sacar do telemóvel topo de gama da malunfa e, assim como quem não quer a coisa, queixar-se às amigas das dificuldades de adaptação ao novo modelo, só para elas ficarem roidinhas de inveja... Olhem que a vaidade é um pecado capital...

II) Carregamentos, sempre e no matter what. Os pré-pagos acabam sempre por compensar. De acordo com o orçamento que temos disponível, estipulamos um valor mensal e efectuamos o carregamento. Depois é só fazer render o peixe até ao final do mês, dê por onde der. Nos tarifários pós-pagos é quase certo o descontrolo orçamental. O pagamento da dolorosa é só no final do mês e, à boa maneira portuguesa, depois logo se vê... Já sei que vão dizer-me que os pré-pagos são mais caros. É verdade na generalidade dos casos mas nem sempre. E se em termos globais gastarmos menos acaba por ser mais benéfico. 

III) Posso ter cara de miúda mas já sou muito "rodada" e ninguém me apanha com essa história de tarifários sem carregamentos obrigatórios. São bastante mais caros e só compensam para pessoas que só usam o telemóvel para chamar o 112 quando estão às portas da morte. Estudar o tarifário é um exercício que requer tempo de análise, devemos ser minuciosos na prospecção do mercado e rever periodicamente estas análises, porque a concorrência é feroz. Fica aqui um link de uma nova ferramenta disponibilizada pela ANACOM, que pode ser útil na escolha do tarifário que melhor se adequa às nossas necessidades:
http://www.anacom.pt/tarifarios/MovelConsulta.do?channel=mobile

IV) Se têm filhos, rédea curta! Protelar ao máximo a oferta de um telemóvel. Eles vão dizer que são marginalizados pelos colegas, são alvo de chacota, são os únicos que não têm, que pode acontecer este mundo e o outro e não vão ter forma de pedir socorro, e mais um sem número de argumentos... E quando finalmente forem presenteados com o dito cujo, cuidado! A alimentação do bichinho pode ser mais cara que a do próprio filho.

V) Seguir a velha máxima do meu pai: o telemóvel não serve para namorar, ao vivo e a cores é que é bom! Resumir o tempo de conversa ao essencial. Vão sempre existir oportunidades para falar pessoalmente sobre as últimas fofocas, aquele encontro, as últimas compras e todas as futilidades que fervilham nas nossas cabeças. Para além disso ele pode estar sob escuta, ser curto e grosso é a palavra de ordem.

V) Os carregadores funcionam a electricidade, certo?[Certo] A electricidade está pela hora da morte, certo?[Certo] Sabem o que é mesmo giro? Carregar o telemóvel no trabalho. Se não puder ser pelo menos evitem deixar o telemóvel a carregar durante a noite porque mesmo depois da bateria cheia, o carregador continua a consumir energia.

E já agora não durmam com o telemóvel na mesinha de cabeceira. Um dia ainda acaba por nos rebentar com os miolos, e isso ia ser uma grande porcaria...

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