A homossexualidade é uma situação difícil de lidar para qualquer pai. É certo que fica bem dizer que é indiferente a orientação sexual dos nossos filhos, mas na realidade nunca é. Preferimos sempre que eles sigam a orientação sexual melhor aceite pela sociedade, porque sabemos que, à partida, estarão menos sujeitos a discriminações.
Mas qualquer pessoa, antes de ser pai deve saber se tem condições para isso. E eu penso que a única coisa que as pessoas avaliam antes de dar este passo é a sua condição financeira, que é importante mas que não é condição única. E será que têm condições emocionais? Será que conseguem amar, cuidar e zelar pela saúde de um ser humano acima de qualquer orientação sexual ou credo ou filosofia de vida?
A homofobia relativamente a um filho é um contra senso da natureza e situações como a que vem relatada aqui só vem reforçar a minha opinião de que nem todos temos capacidade para sermos pais.
A consciência daquilo que nós somos e das nossas capacidades vai fazer sobressair o melhor de nós próprios. Como sabemos que nunca seremos um bom cantor, um bom médico ou um bom sapateiro, também devemos ter consciência que nos falta aquela característica fundamental para sermos um bom pai.
Um filho nunca pode escolher os pais, mas os pais podem escolher ter ou não filhos...
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