sexta-feira, 29 de abril de 2011

William and Kate - O mais desejado

Tal como nos contos de fadas...

o  príncipe beija a princesa (duas vezes) e vivem felizes para sempre. O vestido da noiva é lindo, assenta-lhe como uma luva. Também com um corpo daqueles até um trapinho de chita lhe ficava bem. O buquet achei-o demasiado simples para o meu gosto pessoal. Mas isso sou eu, que gosto de tudo em grande! O que me pareceu notório foi a felicidade no rosto dos noivos. E isso é que conta. Tudo o resto são pormenores sem a mínima importância...
Quem também estava muito bem representada era a Casa Real espanhola. Os três apresentaram-se de forma irrepreensível. A Letízia, com o bom-gosto que já nos habituou, continua a dar cartas e acho que tem contribuído muito para a renovação da imagem da Monarquia espanhola. Olé!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Os "nuncas" de Sócrates

                                         "Eu nunca deixei cair um Ministro"
                                                        José Socrates (igual a si mesmo)

terça-feira, 26 de abril de 2011

Vai um gelado?

Nada melhor que um sol radioso para regressar ao trabalho, depois de uma semana de férias com chuva!
Óh mundo cruel!
Vou comer um corneto para afogar as mágoas!
      
 

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Liberdade

O meu país é pobre,
O meu país é endividado.
O meu país não ajuda os jovens,
que fogem para todo o lado.
O meu país é ingrato,
Não reconhece o valor
de quem luta diariamente
por um futuro melhor.
Mas o meu país é livre,
Quem dera a muitos ser
Não vamos virar as costas.
Acreditar é poder.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

terça-feira, 19 de abril de 2011

Loja anuncia fecho meia hora após inauguração

Esta notícia avançada pela TSF demonstra bem a rapidez  com que as decisões são tomadas ao nível empresarial. Hoje estamos bem, vamos abrir mais uma loja, vamos investir num novo projecto. Amanhã tudo é posto em causa e já não há condições para manter a empresa em funcionamento.
Estou a tomar como exemplo um caso extremo, mas que não está assim tão distante da realidade.
Imaginem a cerimónia de inauguração da loja:

[Responsável da empresa a proferir o discurso de inauguração]
Exmos. Senhores Convidados,
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Este é um momento marcante para esta empresa. A inauguração desta nova loja marca o início de um novo ciclo na vida desta empresa.
Estamos a criar bases sólidas para continuarmos a desenvolver este projecto idealizado com tanto esforço e dedicação.
Registo com satisfação o esforço feito por todos os colaboradores para mais este passo rumo à prosperidade. Estamos todos de parabéns.
Brindemos ao futuro promissor desta empresa.

[Brinde com champanhe. Já estava tudo a trincar o belo do rissól, do croquete e do bolinho de bacalhau quando o responsável pela empresa pede novamente a palavra]
Exmos. Senhores Convidados,
Minhas senhoras e meus senhores,
Quem ainda não terminou a sua flute de champanhe, agradeço que o faça rapidamente.  Se ainda não conseguiram petiscar nada, azar, já vão tarde!Têm precisamente 5 minutos a contar deste momento para dar corda aos sapatos e correrem para bem longe deste estabelecimento comercial. Até lá, o senhorio faz o favor de aguardar pacientemente pela devolução da chave da loja. Dou por encerrada a cerimónia.

Notícia da TSF pode ser consultada aqui.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Herman José

Ainda não havia falado daquele que foi o grande (e porventura único) ídolo da minha infância e adolescência. Mas a  entrevista que deu à escritora Rita Ferro para a revista "Caras" pareceu-me ser um bom pretexto para uma breve incursão no tema ( a primeira de muitas, assim espero). Aquele que eu considerei o maior génio artístico de todos os tempos, por quem eu abdicava de uma passagem de ano "à séria" só para ficar colada à televisão a absorver cada minuto de originalidade que nos oferecia de modo tão desprendido, afinal não é perfeito. E com a passagem do tempo e o amadurecimento normal da idade fui vendo nele um ser humano com virtudes e defeitos, merecedor de maiores elogios pelo profissional que é e pelo talento artístico que tem, mas que também suscita os piores comentários pelo egocentrismo exacerbado.
Este excerto da entrevista que aqui transcrevo é revelador disso mesmo. Assume-se perante o mundo como um sobredotado, tem uma atitude de superioridade em relação aos seus colegas de profissão (pelo menos os nacionais) mas, por outro lado, tem a humildade de admitir que se sente ameaçado pelos novos talentos que vão surgindo.  

«Rita Ferro: Um dia, ouvi com os meus ouvidos a Amália dizer que não gostava de ouvir cantar bem os seus fados, que isso lhe doía de alguma forma. Dói-te a graça dos outros?
Herman José: Dói. Por isso prefiro admirar os que já morreram. Pelo menos nesse aspecto sei que lhes levo vantagem. O meu pai - que era um gentleman - ensinou-me o conceito de fair-play, de maneira que, quando estou na presença de algum talento avassalador, sei disfarçar, bater palmas e fingir que a coisa não me afecta.
(...)
Rita Ferro: Conta uma história do tempo da Escola Alemã...
Herman José: Como era um miúdo sobredotado em termos artísticos, perto dos 14 anos, e por ser o centro de todas as atenções, passei a alvo a abater pelos meus colegas de aula. Percebi que ia ser infeliz e fui ter com o director para lhe pedir se podia chumbar o ano para "mudar de colegas e de atitude". Ele não só percebeu o meu drama, como me ajudou na missão. No ano seguinte, passei a representar o papel de "miúdo normal com jeito mediano para as artes". Não só fui assimilado como arranjei amigos para o resto da vida. Quando perceberam que eu era sobredotado já estavam em idade de me perdoar. [risos]»

Neste país totalmente vendido ao capitalismo, a antiguidade há muito que deixou de ser um posto. Temos de saber envelhecer com classe e aceitar que o nosso lugar poderá não ser no centro dos holofotes. Se o Herman souber dar esse passo, terá sempre o seu lugar no panorama artístico nacional, nunca deixará de ser o "Verdadeiro Artista".
Para quem tiver curiosidade, pode ler a entrevista completa aqui.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

La Bella Itália

Desde a minha primeira viagem a Itália, à cerca de seis anos, que me apaixonei pelo país e, por mais visitas que faça ao dito cujo, fico sempre na expectativa da próxima e do que ainda tenho para descobrir. Adoro o património arquitetónico carregado de história, a moda, a agitação da vida citadina, o glamour das pessoas, (incluindo os homens que se apresentam diariamente de forma irrepreensível), a gastronomia...
E é  neste último item que está o busílis da questão. 
 Cá em casa todos adoram massas. Até aqui tudo bem. Mas quando pergunto à minha pimpolha o que deseja para jantar a resposta é sempre a mesma: «Massa». Há dias interpelei-a de seguida: «Mas queres massa com quê?» Ao que respondeu prontamente: «Quero massa com esparguete!».
Toma, embrulha! Mais uma que está conquistada... 

domingo, 10 de abril de 2011

Majestic no Top10 dos Mais Belos do Mundo



E que belas tardes de Outono eu passei no Majestic, na amena cavaqueira com as amigas do costume. Os temas de conversa caiam invariavelmente nas indumentárias das tias da mesa ao lado ou dos intelectuais excêntricos que deambulavam de mesa em mesa, a cumprimentar os conhecidos.

O moda passou mas o café permanece igual, com toda a sua mística e beleza, para as novas gerações descobrirem e desfrutarem. Um reconhecimento merecido. Recomendo (a quem puder) uma visita a este café, um dos ex-libris da cidade do Porto.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Agora é a doer


Salve-se quem puder que o monstro-papão está a chegar. Vamos ser espremidinhos até ficarmos sem gota de sangue.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Ânimos exaltados



A blogosfera já fervilha com a iminência das eleições legislativas.
Apoiantes de ambos os lados da barricada andam picadinhos, quase, quase a fazer faísca. É vê-los a desdobrarem-se em argumentos para justificar o injustificável. 
Vamos lá ver se refreamos os ânimos porque a procissão ainda vai no adro e têm de guardar alguns cartuchos mais lá p'ro final da festa.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Campeões

Parabéns FCPorto!
Shame on you SLBenfica...

Jogadores do FCP a comemorar o 25º título de campeões nacionais, antes do apagão. Foto retirada daqui.

Pobreza envergonhada

Subia a rua a direito, numa passada ritmada e acelerada, na esperança de chegar a horas. Seria a primeira vez esta semana. Mas, a meio desta jornada, algo me reteve a atenção. De olhar perdido no chão uma senhora vasculhava o lixo na sarjeta. Parei e mantive-me a observar à distância, perante a indiferença de quem passava. Por mera curiosidade aproximei-me e percebi o desespero que transparecia no rosto da senhora. Ofereci a minha ajuda.
- Não. Obrigada. - respondeu, sem sequer retirar os olhos do chão.
E continuou a sua busca.
Preparava-me para virar costas e seguir caminho mas resolvi fazer uma última tentativa:
- De certeza que não precisa de ajuda?
Parou a busca, olhou e finalmente respondeu:
- Perdi 20 euros que trazia no bolso.
- Esqueça, só por milagre consegue recuperá-los.
- Eu sei, mas é a minha única alternativa. É tudo o que me resta para o fim de semana, segunda-feira já recebo o ordenado. 
Com um marido desempregado e dois filhos na escola vivem com 730 euros por mês. É pouco? Não, há quem viva com menos, com muito menos. É uma família típica portuguesa, que, depois de honrar com todos os compromissos que assumiu e pagar todas as contas que religiosamente lhe chegam à caixa do correio, fica com 180 euros mensais para alimentação, vestuário, transportes e o que mais lhe aparecer. Estamos a falar de uma família que poderia ser a nossa, igual a tantas outras, que não pede ajuda, que acha que vai resolver, que vai dar  a volta por cima mas que, enquanto nada muda, vive uma pobreza envergonhada.
Sentada no passeio, deixa cair as armas com que luta diariamente e chora. Chora porque o filho fez anos e não lhe pode comprar os ténis que ele queria e que precisa. Chora porque a filha talvez precise de óculos e não pode sequer levá-la ao oftalmologista para confirmar o diagnóstico. Chora porque a máquina de lavar roupa avariou e tem receio de mandar consertá-la e se assustar com a factura. -"É da maneira que gasto menos eletricidade."-conclui. Chora pelo cansaço, pela ginástica mental na gestão do orçamento familiar. Chora porque perdeu o dinheiro que lhe restava e não vai poder comprar pão e leite para o fim de semana. - "Vou mandá-los para casa da avó."-remata.
Todos sabemos que estas situações existem na nossa cidade, na nossa rua, na casa ao lado mas a confrontação com este desespero descrito na primeira pessoa fez-me acordar do marasmo e da sonolência entorpecida em que as notícias da televisão nos deixam, adormecendo sentimentos como a compaixão, a solidariedade, a partilha, e sobretudo, a consciência da dimensão real das tragédias. A quantidade de tragédias e pseudo-tragédias é tanta que se torna impossível filtrar e valorizar o que realmente importa. O mais fácil é ignorar ou registar sem assimilar.
É certo que o Estado tem descurado o seu papel social, mas nós, cidadãos em geral, estamos tão preocupados com os nossos problemas, as nossas rotinas, as nossas vidas que esquecemos de como pequenos gestos podem fazer alguma diferença na vida de quem precisa mais do que nós. Eu não sou do tempo da Maria Cachucha mas recordo-me de há 20 anos atrás os vizinhos serem equiparados à família, a quem se recorria para uma aflição, fosse para um quilo de arroz, para um pacote de leite, para umas horas de babysitting  ou para emprestar dinheiro numa urgência médica. Porque é que se perderam estes valores sociais, porque é que um vizinho passou a ser apenas um rosto familiar com quem periodicamente nos cruzamos no elevador? Este é o momento de refletir sobre o papel que desempenhamos na nossa comunidade, aldeia, vila ou cidade, olhar para o que nos rodeia com olhos de ver e intervir na medida das nossas possibilidades. A isto se chama viver em sociedade. 
Escusado será dizer que cheguei novamente atrasada.

sexta-feira, 1 de abril de 2011