Há largos meses que as minha paciência está a ser testada, mas hoje o copo transbordou.
Eu sei que tenho um feitiozinho de cão. Eu sei que qualquer pequena contrariedade é suficiente para me fazer saltar a tampa.
Mas desta vez não é só mau-feitio, desta vez quero crer que tenho bons motivos para ter transmitido ao responsável do restaurante o motivo pelo qual nunca mais punha os pés no seu digníssimo estabelecimento comercial.
Depois de dirigir um cordial pedido para passar um pouco mais um bife que estava totalmente em sangue obtive a seguinte resposta de um jovem empregado de mesa:
«A senhora não percebe nada de bifes. Um bife para ser bom tem de ser mal passado.»
Concordei mas achava que o bife estava excessivamente mal passado pelo que agradecia que levasse para passar melhor e não esperei pelas resposta:
« A senhora não me quer ensinar como se faz um bife, pois não? Hoje já servimos para cima de vinte bifes e ninguém reclamou por estarem mal passados.»
Saí do restaurante a lançar faíscas mas, vendo o lado positivo da questão, esta situação acabou por ser um bom incentivo para começar a trazer a marmita de casa e começar a fazer uma alimentação mais saudável .
Dona Laura, desculpa fazer-me de convidado, sem o ter sido, mas o que eu ouvi aqui é ruim demais para ser verdade e não resisto a comentar.
ResponderEliminarAntes de mais o "A senhora não percebe nada de bifes" foi algo verdadeiramente saloio, só digno de gente labrega, parola, a quem alguém entregou um evental para servir os clientes.
Mas é claro que não percebes de bifes, percebes apenas como queres O TEU! É preciso ser mágico para chegar à essa conclusão?
O cliente tem sempre razão e a missão de qualquer restaurante é servi-lo da melhor forma!
És cliente, pagas, desejas o teu bife mais bem passado, logo, quem é o gajo para te sugerir aquilo que deves gostar?
A arrogância dele foi inaceitável e devias ter exigido o livro de reclamações. Só assim é que essa gente aprende. Com pontapés no rabo.
Mas quem é ele para te dizer aquilo que deves comer???
Isto é o cúmulo! Só mesmo em Portugal é que vejo acontecer essas coisas.
Olá Francisco, bem- vindo. Este acontecimento foi apenas o culminar de uma série de situações verdadeiramente surreais. Mas quando se trabalha numa "quase aldeia" onde o único restaurante existente é este (para além das tascas a cheirar a vinho tinto) vamo-nos sujeitando a ouvir o que não queremos.
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